Uma intensa sessão na Câmara Municipal de Tangará se transformou em um impasse político na tarde de ontem, quando vereadores da oposição decidiram se retirar do plenário em protesto contra um projeto que, segundo eles, desviaria a finalidade dos recursos da Lei Paulo Gustavo. A votação do projeto visava abrir crédito suplementar para a utilização dos fundos da referida lei, mas os vereadores da oposição alegam que o plano da administração municipal era usar esses recursos para pagar dívidas relacionadas a festivais anteriores, negligenciando assim os projetos culturais locais.
A Lei Paulo Gustavo tem sido um pilar fundamental para o fomento da cultura em diversas cidades do Brasil, inclusive em Tangará, onde artistas e empresas locais se uniram para debater e planejar a utilização dos recursos. O temor da oposição é que o desvio de finalidade possa prejudicar gravemente os artistas locais, uma vez que os fundos da lei seriam direcionados para cobrir despesas previamente assumidas pela gestão municipal.
O impasse na Câmara Municipal surgiu devido à falta de acordo sobre o destino dos recursos. Os vereadores da oposição se retiraram do plenário na tentativa de atrasar a votação e abrir espaço para uma discussão mais aprofundada do projeto. No entanto, a presidente da Câmara, Aninha Viana, prosseguiu com a votação e aprovou o projeto. Os vereadores de oposição agora prometem entrar com ações judiciais contra a votação.
A votação do projeto contou com o apoio dos vereadores Ricardo Vicente, Paulo Paduca, Elias, Antônio Custódio, Cezinha Barbosa e Aninha Viana. Já os vereadores Wilson Fonseca, Alcimar Germano, Brenno de Dona Marlene, Chicutinha e Nilson Lima se retiraram do plenário em protesto, se recusando a votar.
Desconfiança
A rápida aprovação do projeto e o possível uso impróprio dos recursos têm gerado desconfiança entre artistas locais e produtores culturais. A preocupação predominante é que os fundos da Lei Paulo Gustavo, que foram originalmente destinados ao desenvolvimento da cultura em Tangará, possam ser direcionados para sanar dívidas da gestão municipal, incluindo o não pagamento dos grupos juninos vencedores do festival de quadrilhas da cidade.
Esse impasse na Câmara Municipal de Tangará demonstra a complexidade e a importância da gestão de recursos destinados à cultura, destacando a necessidade de transparência e responsabilidade na utilização desses fundos para garantir o crescimento e desenvolvimento da cena cultural local. A situação deve continuar a ser acompanhada de perto pelos envolvidos e pela comunidade artística.
Portal do Trairi
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