terça-feira, 1 de novembro de 2022

Futuro governo precisará ampliar orçamento em R$ 280,3 bilhões

 


Passada a disputa eleitoral, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito neste domingo (30), começa a encarar a dificuldade para organizar as contas públicas em 2023. O País terá de colocar de pé propostas econômicas audaciosas, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e promover a correção da tabela do Imposto de Renda, além de enfrentar um debate sobre reajustes de servidores do Executivo.

O novo governo precisará de R$ 280,3 bilhões, o equivalente a cerca de 15% da receita total, para equilibrar as contas públicas, de acordo com um mapeamento realizado pela consultoria Tendências. Isso porque as medidas em discussão e que se desenharam ao longo da eleição presidencial deste ano não cabem no teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior, e, portanto, vão forçar ainda mais o novo governo definir qual será a sua política para as contas públicas do País.

Será difícil fazer a conta fechar porque o Orçamento enviado pela equipe econômica para o Congresso no fim de agosto se tornou irrealista. O valor do Auxílio Brasil foi definido em R$ 405, por exemplo. “É um cenário muito desafiador. Vai exigir muita vontade política e capacidade de resolver tudo isso de forma organizada e clara”, diz Juliana Damasceno, economista da consultoria Tendências e responsável pelo levantamento.

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