terça-feira, 30 de agosto de 2022

Consumo de energia elétrica aumenta em agosto, diz CCEE

 O Brasil consumiu 63.519 megawatts médios de energia elétrica nos primeiros quinze dias de agosto, um aumento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2021, segundo informações preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. O resultado reflete principalmente a retomada de alguns ramos de atividade econômica importantes para o país, como serviços e madeira, papel e celulose, além de temperaturas máximas mais elevadas em grande parte do território nacional.


Marcelo Camargo
Alta foi puxada pelos setores de serviços e de celulose e papel

Alta foi puxada pelos setores de serviços e de celulose e papel


O mercado livre, que abastece a indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, consumiu 23.219 MW médios, montante 5,7% maior na comparação com o ano anterior. Os outros 40.300 MW médios, foram destinados ao mercado regulado, no qual estão os consumidores residenciais e as pequenas empresas. O ambiente teve alta de quase 2% no comparativo anual.

Como há constante migração de consumidores entre esses dois mercados, a CCEE faz uma leitura dos dados expurgando este efeito. Se desconsiderássemos as movimentações nos últimos 12 meses, o volume de energia consumida no mercado livre teria crescido cerca de 3,3%, enquanto o regulado registraria uma ampliação de 3,2%.

Os painéis solares fotovoltaicos instalados em residências e empresas, no que se chama de micro e minigeração distribuída, também reduzem a demanda da rede. A CCEE destaca que, se não houvesse esse tipo de sistema, haveria uma alta de 3,9% no volume demandado pelo segmento regulado. 

A Câmara de Comercialização monitora o consumo de energia elétrica em 15 ramos de atividade econômica e quase todos eles tiveram demanda maior no início de agosto em relação a 2021. Desconsiderando a migração de cargas, o setor de madeira, papel e celulose liderou o ranking, com avanço de 15,1%, seguido por serviços (10,6%) e bebidas (9,8%). As únicas quedas foram registradas nos segmentos de telecomunicações (-0,3%), têxteis (-2,2%) e minerais não-metálicos (-5,3%).

O Maranhão liderou a lista dos estados com a maior alta, de 16%, seguido por Rondônia (14%) e Acre (12%). Entre os recuos, temperaturas mais amenas do que as registradas na primeira quinzena de agosto do ano passado reduziram a demanda do Rio Grande do Norte (9%) e do Ceará (2%). Já São Paulo, Espírito Santo e Piauí tiveram um pequeno declínio, de 1% cada um. 

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