quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

SEM VACINA OU ISOLAMENTO, PICO DA 2ª ONDA DA PANDEMIA SERÁ MAIS GRAVE QUE O PRIMEIRO, DIZ ESTUDO

 



A segunda onda de contágio da Covid-19 no Rio Grande do Norte poderá ser mais grave que a primeira, com pico de casos e óbitos previsto para o período entre 15 de janeiro e março de 2021. É o que aponta um estudo encabeçado por José Dias do Nascimento, pesquisador e professor do Departamento de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O artigo será encaminhado ao Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Nordeste. 

“Analisando os estados do Nordeste, alguns já têm uma impressão digital muito formada da segunda onda e o Rio Grande do Norte é um deles. Isso acontece porque as pessoas suscetíveis que ficaram isoladas começaram a sair de uma hora pra outra, o que foi uma estratégia muito errada. Por exemplo, no RN nós tivemos a abertura das escolas privadas na mesma quinzena de início das campanhas políticas, então isso foi uma combinação vigorosa para o recontágio maciço”, detalha o pesquisador. 

Para evitar uma nova onda grave de infecções, hospitalizações e óbitos no Rio Grande do Norte que está em risco pandêmico alto, o pesquisador acredita que a situação pode ser contida com a chegada da vacina na metade de janeiro ou com a melhoria dos índices de isolamento no estado. Segundo Dias, sem vacina e sem quebra da rede de contágio, a pandemia pode chegar até maio de 2021. 

“Isso pode ser modificado de duas formas. A pandemia só acaba quando 90% da população for contagiada ou quando a vacina for aplicada. Esses são os dois finais possíveis. Se a vacina ocorrer até meados de janeiro e for eficaz, a gente consegue frear essa segunda onda. Senão, com esses níveis de aglomerações que estamos registrando hoje nós teremos uma segunda onda exatamente como estamos projetando”, afirma José Dias do Nascimento. 


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