Os registros de agressões físicas sofridas por mulheres cresceram 11 vezes em oito anos na rede de saúde do Rio Grande do Norte. O número saltou de 184 em 2009 para duas mil em 2017, último ano compilado. Na avaliação dos agentes ligados ao enfrentamento à violência de gênero, o aumento significa uma mudança de postura das mulheres, não um aumento de casos. “As mulheres antes sofriam agressões, mas não denunciavam. Hoje, elas se sentem mais seguras para fazer a denúncia”, explica a delegada Helena de Paula, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
A sensação de segurança das mulheres para realizar denúncias melhorou com o estabelecimento das medidas protetivas, criadas na Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006. A partir da lei, as mulheres passaram a ser atendidas pelo poder público caso se sintam ameaçadas pelos maridos. A mais urgente é o acolhimento em casas de abrigo, um local com endereço anônimo que foi criado para ser um ambiente de segurança para as vítimas de agressão até que a Justiça puna o agressor.
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